"... porque o tempo é um bem precioso ..."

04 outubro 2011

Ponte de Casais: Uma Ponte Simples, Relíquia dos Antepassados



A ponte de Casais, sobre o Rio Sousa, situa-se na freguesia de Meinedo, do concelho de Lousada.

O Rio Sousa, nasce em Friande – Felgueiras e vai desaguar no rio Douro, margem direita, próximo a Zebreiros, e a sua foz dá nome, na actualidade, a uma freguesia de Gondomar - (Foz do Sousa).

Tem por afluentes os rios Ferreira e Cavalum.

Em Zebreiros, existiu uma estação de captação de águas do rio Sousa, já desactivada, para abastecimento geral da cidade do Porto e para o consumo da população portuense, desde 1882.

A ponte de Casais é uma construção rudimentar, simples, toda em pedra, antiquíssima. Uma relíquia dos nossos antepassados.

Descrição da sua estrutura:

4 pilares com talhamares, direccionados para montante.
5 canais de escoamento das águas.
5 secções de tabuleiro, cada com 3 padieiras, justapostas em largura.
15 padieiras no total.

Esta ponte serve para permitir os acessos, do lugar de Vila Pouca, margem direita, para o lugar de Casais e/ou, para o lugar de Mexide, margem esquerda e vice-versa.
É também o caminho pedonal, mais curto, entre o apeadeiro da CP, de Meinedo, e a freguesia vizinha de Boim (S.Vicente), Lousada.

As fotos são de 09/09/2007 e demonstram o estado da ponte e o estado do leito do rio, bem como a muita vegetação que invade os acessos, estreitando-os.

Descrição dos fotos:

Foto 1, com vistas da margem direita para a margem esquerda, pode ver-se que o pilar mais à direita, está degradado no seu talha-mar e que, na mesma margem, há um assoreamento que originou uma mini praia fluvial.

Foto 2, com vistas da margem esquerda para a margem direita, a ponte aparenta ter menos um pilar, mas não, pois é precisamente o pilar que tem o talha-mar degradado e por isso não se vê o vértice vertical que as demais têm. Também é visível que uma das padieiras está fora da sua posição normal.

2 comentários:

Armindo Pereira disse...

É pena não podermos ir para a casa junto ao rio passar férias.
Ò tempo volta para trás!!!

Fernando Pereira disse...

Armindo, a casa, a que te referes, foi onde nasci. Era pobre, simples e desprovida de conforto. Porém, estava bem situada, a menos de 50 metros da ponte (imagem acima) e a cerca de 25 metros (margem direita) do rio Sousa. Locais aprazíveis e frequentados, em períodos de temperaturas amenas, por muitos jovens banhistas e por vários pescadores. Aí passei a primeira dezena e meia de anos de minha vida, tendo por vizinhos apenas duas famílias, na margem direita tios e na margem esquerda amigos. Uns e outros viviam das moagens de milho e outros cereais, nos moinhos propriedade da Casa de Vila Pouca, situada a cerca 500 metros. Recordo com saudade, esse tempo, que não volta para trás, de criança. O autor do blogue: F.P.